Conjunção


Bizu: Uma dica importante para saber se o QUE vai ser conjunção, veja se a palavra que o antecede é um verbo uma vez que a palavra for um verbo, troque pelo pronome ISSO, desde que na oração sem prejudicar o sentido. Caso der certo temos o "que" como CONJUNÇÃO INTEGRANTE.

 QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

(fgv 2024) As frases abaixo estão divididas em dois segmentos.
Assinale a frase em que a relação entre esses dois segmentos é, respectivamente, de causa e consequência.
A) Todo mundo precisa crer em algo. / Creio que vou tomar uma cerveja.
Insira uns conectivos que indicam causa e consequência e verá que faz sentido: Já que todo mundo precisa crer em algo, então creio que vou tomar uma cerveja.
B) Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, / mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado.
C) O sábio busca a sabedoria; / o tolo a encontrou.
D) Mestre não é quem sempre ensina, / mas quem de repente aprende.
E) Sabedoria é saber o que fazer; / virtude é saber fazê-lo.

(fgv 2024) Assinale a opção em que a primeira frase mostra uma ideia de causa.
A) Ela foi aprovada no concurso graças a seus esforços.
B) A transpiração abundante é devida ao calor.
C) Um inquérito foi instaurado na sequência do acidente.
D) Passando a noite preocupada, acordou cansada.
A frase “Passando a noite preocupada, acordou cansada” estabelece uma relação de causa, pois a preocupação durante a noite é a razão pela qual a pessoa acordou cansada. A ação de passar a noite preocupada é a causa direta do efeito de acordar cansada.
E) Não terminamos o trabalho por absoluta falta de tempo.

(idib 2024) Em "Embora haja uma variação grande nas respostas [...], o ''nível médio de felicidade' das populações tradicionais é de 6,8 a ", conjunção enfatizada poderia ser substituída, sem provocar grave alteração de sentido, por: 
A) Uma vez que.
Conjunção causal (a depender do contexto, pode indicar tempo e conclusão).
B) Porquanto.
Conjunção causal.
C) Desde que. 
Conjunção condicional (há contextos que pode ser inserida como temporal).
D) Posto que. 
Posto que" é uma locução conjuntiva que significa "ainda que", "embora", "mesmo que", "apesar de que". É uma conjunção concessiva, que indica oposição ideológica. Alguns sinônimos de "posto que" são: Ainda que, Embora, Posto, Apesar de, Mesmo que, Se bem que, Não obstante, Nada obstante, Conquanto.

(fcc 2016) Mesmo vivendo na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952.
Na frase acima, a conjunção grifada apresenta sentido: 
Conjunção subordinativa concessiva: inicia oração que se mostra obstáculo para ideia da oração principal.
Alguns exemplos de conjunções: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que.

(fgv 2024) “Em meio à pandemia, com empresas fechando postos de trabalho, escolas operando a distância e idosos precisando de cuidados extras, a participação das mulheres no mercado de trabalho alcançou o patamar mais baixo dos últimos 30 anos. Os hábitos e a cultura da sociedade têm impedido muitas mulheres não só de trabalhar, mas até de procurar emprego”.
(https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,com-pandemia-participacaodas-mulheres-no-mercado-de-trabalho-e-a-menor-em-30-anos). 
Assinale a alternativa correta sobre o trecho em destaque: O par não só / mas até, em conjunto, atribui valor de adição ao período. 
Sentido de ADIÇÃO.
Conjunções coordenadas ADITIVAS = E, nem, não só...mas também, tampouco, tanto...quanto...

(cespe/cebraspe 2024) O termo “Conforme” (segundo período do primeiro parágrafo) poderia ser substituído por Consoante, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto. CERTO
Correto! As duas são conjunções subordinadas conformativas, também fazem parte desta família as conjunções: como, segundo...

(cesgranrio 2006) Como isso não é possível, é preciso reinventar o e-mail. Como?" (l. 24-25) Assinale a opção que apresenta as palavras ou expressões que substituem as destacadas no trecho acima, mantendo-se o mesmo sentido: Se – Até que ponto
"Como isso não é possível" pode ser interpretado como uma condição ou hipótese, o que está alinhado com o uso de "Se".
"Como?" pode ser substituído por "Até que ponto", que questiona a extensão ou o modo em que algo poderia ser feito.

(fgv 2010) A natureza do Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada à realidade individual.
A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto afirmar que se trata de uma conjunção: coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo oração de valor adversativo.
Uma oração coordenada adversativa é um tipo de conjunção que liga duas orações ou termos que expressam ideias opostas ou contrastantes.

(idib 2017) No período “Defendemos, todavia, algo além, considerando que o domínio da comunicação escrita deve perpassar por todos os níveis de linguagem oral.” (L.3-4) o termo em destaque: É uma conjunção coordenativa com valor adversativo
A língua portuguesa tem 6 conjunções adversativas, que servem para ligar orações coordenadas com ideia de adversidade (contrariedade), oposição ou contraste entre elas. São elas:
Mas
Porém
Todavia
Contudo
No entanto
Entretanto
Toda vez que uma dessas conjunções for introduzida, a oração que virá em seguida terá o sentido contrário do que se poderia esperar pelo sentido da oração anterior.

(fgv 2024) “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
Nesse segmento há uma oposição, que: apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior;
A diferença entre opor e contrastar é que opor significa ser contrário a algo ou alguém, enquanto contrastar significa comparar duas ou mais coisas, evidenciando as diferenças entre elas: 
Opor
Significa ser contrário a algo ou alguém, criar impedimento em relação a algo ou alguém, contradizer. Por exemplo, "greve que se opõe ao sistema". 
Contrastar
Significa comparar duas ou mais coisas, evidenciando as diferenças entre elas. Por exemplo, "contrastar a teoria com a prática". 

(fgv 2024) “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos opostos, nesse caso, são: bastante divulgada / escassamente conhecida;
O conectivo "no entanto" indica oposição ou contraste entre as ideias apresentadas. No texto, há um contraste entre a primeira (escassamente conhecida) e a segunda (bastante divulgada). Assim, os termos opostos são "escassamente conhecida" e "bastante divulgada", destacando a diferença entre o grau de conhecimento das duas no contexto apresentado.

(fcc 2018)

 História do Maranhão

      Na época do descobrimento do Brasil, a região do atual Estado do Maranhão era povoada por diferentes tribos indígenas. Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês. Os tupis habitavam o litoral: já os jês habitavam o interior. Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem.

      Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa maranhense. Reza a crença que, em 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a costa norte do Brasil. A viagem feita por Pinzón na região mencionada teve origem em Pernambuco e destino à foz do rio Amazonas.

      A partir de 1524, os franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação para o motivo dessa frequência é que o litoral desse Estado havia sido esquecido pelos portugueses. Lá os franceses trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa.

      Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da primeira expedição que colonizou a região. O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. Diogo Leite aproximouse da foz do rio Gurupi, que atualmente serve de divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. Essa divisa ficou por muito tempo conhecida como "abra de Diogo Leite".

      Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, os portugueses ainda não haviam chegado a colonizar o Maranhão. Um ano depois, o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança. Foram eles: João de Barros, Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a Aires da Cunha. Aires da Cunha veio ao Brasil, no mesmo ano da doação. Durante a viagem, a frota afundou nas costas maranhenses devido a violento temporal, e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram um núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes facilitaram essa ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada e, quando essa povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.

                                                (Disponível em: www.cocaisnoticias.com.br) 

O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. (4° parágrafo)

Assim como nessa frase, o vocábulo que está empregado com função de conjunção em:

A) Esse homem foi o comandante da primeira expedição que colonizou a região. (4° parágrafo)

possível trocar por “a qual”. É pronome, não conjunção.

B) Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa maranhense. (2° parágrafo)

possível trocar por “as quais”. É pronome, não conjunção.

C) Lá os franceses trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa. (3° parágrafo)

possível trocar por “os quais”. É pronome, não conjunção.

D) Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem. (1° parágrafo)

É possível trocar a oração “que os brancos caçassem” por “isso”. É conjunção integrante. 

E) Um ano depois, o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança. (5° parágrafo)


(fcc 2017) Contudo, a aparência de lugar protegido dos humores do clima e dos solavancos da geologia deve ser relativizada. (2° parágrafo)

Considerado o contexto, o elemento sublinhado na frase acima introduz uma: ressalva. 

Conjunção adversativa. Adversativas: indicam essencialmente uma ideia de adversidade, oposição, contraste e também ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição; elas realçam o conteúdo da oração que introduzem: mas, porém, contudo, todavia, malgrado, não obstante, entretanto, no entanto, senão, agora, antes, ainda assim.


(fcc 2016) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia cansada. Portadora de um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2 toneladas com mais dificuldade. Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em relativa normalidade. Comeu feno, caminhou na areia, rolou na poça de lama para proteger-se do sol. Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma área fechada no zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e nunca mais acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda como “terrível”, definindo-a como “um símbolo do declínio catastrófico dos rinocerontes devido à ganância humana”.

    Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A espécie está extinta na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa reserva ecológica no Quênia, protegidos por homens armados. O restante – uma fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados Unidos. São todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.

    Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como a juba, no caso do leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do paquiderme. Passou a ser usado para tratar diversas doenças na medicina oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a inocuidade da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça.

  Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era representada por um plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas 29 mil, divididos em cinco espécies. A que está em estado mais crítico é a subespécie branca-do-norte.

    O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao menos 5 milhões de pessoas mortas. Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo animal.

   Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro, no próprio zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze anos mais tarde, nenhuma outra fêmea de rinoceronte-branco-do-norte conseguiu engravidar. Por isso, em 2009, os quatro rinocerontes-brancos-do-norte que faziam companhia a Nabiré foram levados para um reserva no Quênia. Como nem a inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última de que um habitat selvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve resultado.

    Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com ovário policístico, o que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico”, disse o diretor de projetos internacionais do zoológico. “Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da família.”

    Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por fertilização in vitro. “Nossa única esperança é a tecnologia”, completou o diretor. “Mas é triste atingir um ponto em que a salvação está em um laboratório. Chegamos tarde. A espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”

(Adaptado de: KAZ, Roberto. Revista Piauí. Disponível em:http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/eramos-cinco)

Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em relativa normalidade. (1º parágrafo)

Porém, não houve resultado. (6º parágrafo)

Sem prejuízo da correção e do sentido, os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, respectivamente, por:

A) Desse modo – Conquanto

B) Com isso – No entanto

C) Não obstante – Contudo

Ainda assim --> Adversativa 

Porém --> Adversativa 

D) Portanto – Embora

E) Todavia − Porquanto

Não se deve confundir a conjunção “conquanto” com a conjunção “porquanto”. Esta última introduz orações causais ou explicativas, e equivale a “porque”, “visto que”, “já que”, “pois”, enquanto aquela é puramente concessiva, e equivale a “embora”, “apesar de que”, “mesmo que”, “ainda que”.

(fcc 2015) Recém-chegado a Roma em 1505, Michelangelo Buonarroti foi contratado para fazer aquela que vislumbrava como a obra de sua vida. O jovem que acabara de se consagrar como escultor do Davi recebeu a incumbência de criar o futuro túmulo do papa Júlio II. O projeto consistia no maior conjunto de esculturas desde a antiguidade. Mas Júlio II mudou de ideia: antes de fazer o túmulo, resolveu reconstruir a Catedral de São Pedro. Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado que se encontrava em estado deplorável.

     Michelangelo resistiu a pintar a capela não apenas por julgar que seria um projeto menor. Relatos indicam que, na raiz disso, havia uma forte insegurança. O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória quando lhe pediam uma pintura: “não é minha profissão”. Hoje, é curioso imaginar que o criador do teto da Capela Sistina possa ter resistido a seu destino.

     Michelangelo fez fortuna servindo a sete papas e a outros tantos notáveis, como o clã florentino dos Medici. Nem sempre, porém, entregava o que prometia. Para sobreviver, enfim, Michelangelo teve de enfrentar questões que afligem os seres humanos em qualquer tempo. Como no caso de sua resistência a trocar a escultura pela pintura, quem nunca tremeu nas bases ao ser forçado a sair de sua zona de conforto? Em matéria de pressão competitiva, a arte renascentista não diferia tanto do ambiente de busca pelo alto desempenho das corporações modernas. O jovem Michelangelo penou para demonstrar o valor de seu gênio numa Florença dominada por estrelas veteranas como Leonardo da Vinci.

      O corpo humano foi o campo de batalha artística de Michelangelo. Como definiu o pintor futurista Umberto Boccioni (1882-1916), essa era sua “matéria arquitetônica para a construção dos sonhos”. Michelangelo criou corpos perfeitos, mas irreais: o Davi tem musculatura de homem adulto, mas compleição de menino. Com isso, o artista resgatava a imagem juvenil dos deuses gregos.

                                                         (Adaptado de Revista VEJA. Edição 2445, 30/09/2015) 

Michelangelo fugiu de Roma ao ser comunicado que, antes de produzir as estátuas da futura tumba do papa Júlio II, deveria pintar o teto da Capela Sistina. Só a muito custo foi convencido a se aventurar na pintura, meio que julgava não dominar tão bem quanto a escultura. ...... , ao ser tirado da zona de conforto, o artista criaria sua obra máxima.

Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, preenche corretamente a lacuna acima o que se encontra em:

A) Porquanto 

causal

B) Embora

concessiva

C) Contudo

adversativo

D) Uma vez que

causal

E) Conquanto

concessiva


(fcc 2015) Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

      Uma espécie de angústia se espalha como praga nas relações pessoais e no uso dos espaços público e privado. Todos os torpedos, e-mails e chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende a se diversificar, já há gente que conversa e olha o computador ao mesmo tempo. Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada a distância e por outros.

    Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a maioria delas sem o menor significado. Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no horror, que o fotógrafo Cartier-Bresson esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, jamais empilharia a coleção de sorrisos forçados que caracteriza a obsessão pelos “cliques".

    Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de “estar bem". Afinal, quem vai querer se exibir nas redes sociais com uma ponta de melancolia? O mundo virtual exige estado de êxtase permanente. Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa personalidade.

(Adaptado de: Jacques Gruman. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-morte-da-imaginacao/30783. Acesso em 23/10/15)

... desrespeitando interlocutores.

Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...

... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

A) desrespeitando-os − invadem-no − a caracteriza.

desrespeitando - vtd. vti admite o lhe, logo elimina “b”, “e” e “d’ pois o verbo não termina em som nasal. invadem é vtd, logo, elimina “c”, sobra a alternativa “a”.

B) desrespeitando-lhes − o invadem − caracteriza-lhe.

C) desrespeitando-os − lhe invadem − a caracteriza.

D) desrespeitando-nos − invadem-no − lhe caracteriza.

E) desrespeitando-lhes − invadem-no − caracteriza-a.


(fcc 2017) A escolha profissional tem muito a ver com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Dificilmente alguém consegue se entregar profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita. (3° parágrafo) Consideradas as relações de sentido, as duas frases acima podem ser articuladas em um único período, fazendo-se as devidas alterações na pontuação e entre minúscula e maiúscula, com o uso, no início, de: Na medida em que Se A escolha profissional tem muito a ver com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Então Dificilmente alguém consegue se entregar profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita. Então cabe "na medida em que".


(fcc 2017) Só que o sentido da vida profissional não vem pronto... (4° parágrafo)

Considerado o contexto e fazendo-se as devidas alterações na pontuação da frase acima, o segmento sublinhado pode ser substituído por: Porém

Significado de Só que: Conjunção. Expressão da língua oral que tem o mesmo valor da conj. adversativa: mas, porém, entretanto, todavia.

Exemplo do uso da palavra Só que:

 Eu quero tirar carteira, só que eu ainda tenho 17 anos.

 Ela quer almoçar, só que não quer pagar a conta.

 Ela é até atraente, só que toma skol beats verde na balada. 

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