Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio

 QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

⬆️ prêmio de risco 🟰 a entrada de divisas  🟰 câmbio valoriza 🟰 importação

⬇️ prêmio do risco 🟰 saída de divisas  🟰 câmbio desvaloriza 🟰 exportação 


(cesgranrio 2021) De acordo com os dados do Banco Central do Brasil, entre dezembro de 2019 e outubro de 2020, a taxa de câmbio aumentou, em média, de R$4,11/US$ para R$5,63/US$, representando uma depreciação de 37% da moeda brasileira, em termos nominais, e de 35%, em termos reais.

Considerando os fatores que determinam as alterações na taxa de câmbio ao longo do tempo, a depreciação observada no período assinalado refletiu a(o): fuga de capitais, diante da incerteza com respeito aos impactos da crise pandêmica.

O regime cambial do país é regime flutuante; logo, desconsidera-se na teoria influências do Banco Central. De forma simples para lembrar: Se você tem pouco produto e alta demanda, preço sobe. Ou seja, pouco dólar, muita gente querendo dólar, o preço sobe. Se tiver muito dólar sobrando, e menos gente querendo comprar, o dólar cai. Se ninguém quer comprar meu produto o que eu devo fazer? Desconto, promoção.


(cesgranrio 2021) A relação entre a mudança de percentual na taxa de câmbio à vista, ao longo do tempo, e o diferencial entre taxas de juros comparáveis em diferentes mercados de capitais nacionais é conhecida como o efeito Fisher internacional.
O Fisher-open, como é frequentemente chamado, indica que as taxas de câmbio à vista devem mudar em uma quantidade: igual, mas em direção oposta à diferença nas taxas de juros entre dois países.
A hipótese estipula especificamente que taxas de câmbio são esperadas que se modifiquem de forma igual e em direção oposta do diferencial nas taxas de juros. Ou seja: a moeda que tiver a maior taxa de juros é esperado que deprecie em relação a moeda com a menor taxa de juros. Esse método é considerado pouco eficaz atualmente, por isso caiu em desuso.

(fgv 2022) Existem diversas causas para que a taxa básica de juros no Brasil seja elevada, principalmente quando comparada a outros países, afetando as decisões de investimento por pessoas físicas e jurídicas.
Uma causa não relacionada aos juros elevados no Brasil se refere
A) ao generoso e abrangente sistema de proteção social que desestimula a poupança pelas famílias.
B) ao complexo sistema tributário, com pouco incentivo a poupar para o médio e longo prazo.
C) à baixa confiança dos agentes em relação ao compromisso fiscal dos governos.
D) à elevada concentração do mercado financeiro, ainda que o advento das fintechs tenham contribuído para a maior concorrência.
E) ao crédito público, concedido pelos bancos estatais e privados, decorrente do atrelamento à TLP.
A Taxa de Longo Prazo é a nova taxa de juros básica estabelecida pelo governo para as operações do BNDES. Criada para substituir a antiga Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a TLP é a taxa que passou a valer para todos os contratos fechados pelo BNDES a partir de 1º de janeiro de 2018. Ou seja, a TLP é um dos componentes que formam taxa de juros final praticada nas operações do banco. Além dela, são somadas as remunerações (spreads), tanto do BNDES e quanto dos bancos repassadores, e a taxa de risco de crédito de cada operação. Esse último fator leva em conta o tipo de operação, o tamanho do volume emprestado e o perfil de crédito do cliente. Ao contrário da antiga TJLP que era fixada para o trimestre, a TLP é composta por um componente variável (IPCA) e outro prefixado, portanto varia mensalmente, de acordo com a inflação. TLP = IPCA x TLP-Pré (1)

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