Textos literários e não literários
QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS
(método soluções educacionais 2019) Os dois lados da medalha
Muito se engana quem acredita que o doping seja algo novo. Pesquisas apontam que Filóstrato (800 a.C.), filósofo grego, já conhecia os efeitos estimulantes do chá de cogumelos – bem por isso, ele venceu duas vezes a corrida olímpica de longa distância. Do arco e flecha ao nado sincronizado, verdade seja dita, as modalidades olímpicas se multiplicaram ao longo do tempo, o que fomentou a indústria esportiva e abriu as portas para a manipulação de drogas sintéticas e demais suplementos potencializadores. Lentava-se, a propósito, a discussão: até que ponto o doping pode ser fraude atribuída apenas ao esportista?
Um caso emblemático: Lance Edward Armstrong, ex-ciclista americano, ficou famoso por ter vencido o Tour de France por sete vezes consecutivas, de 1999 a 2005. Glamour à parte, em 2012, Armstrong perdeu todos os títulos e foi afastado do ciclismo competitivo pela União Ciclística Internacional. Por quê? Apurou-se que ele usava dopagem bioquímica – um macroesquema que envolveu não só o atleta, mas também médicos e autoridades esportivas.
Fica claro, então, que o lugar mais alto no pódio não é alvo apenas do atleta, nem é a única recompensa desejada pelos envolvidos – atletas, treinadores, técnicos, patrocinadores. Aliás, os últimos são, sem dúvida, o ponto nevrálgico da questão, haja vista o investimento milionário de grandes marcas nesse ou naquele atleta, o que as leva a apostas altas, tocadas, por vezes, a baralho viciado. Ora, dinheiro e corrupção caminham de mãos dadas, o que, fatalmente, vai respingar na arena, na quadra, na piscina.
Como conciliar preparo físico, glória e mercado? Dizer que, acima de tudo, o importante é competir, a essa altura do campeonato, é ingênuo – a não ser que valores éticos fundamentais sejam recuperados: isso é o que espera o torcedor. Sanções disciplinares e multas devem ser aplicadas não só aos atletas dopados, mas também aos demais envolvidos, em especial os patrocinadores, sempre que houver quaisquer violações aos regulamentos prescritos pelo comitê olímpico. É primordial que todos assistamos a competições limpas. Afinal, medalha e marmelada não caem bem!
Por Gislaine Buosi e João Bosco Costa
São características do texto não literário, exceto:
A) Linguagem impessoal (na 3ª pessoa);
B) Linguagem conotativa;
O texto não literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa, e pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo: foco do texto não literário.
Muito se engana quem acredita que o doping seja algo novo. Pesquisas apontam que Filóstrato (800 a.C.), filósofo grego, já conhecia os efeitos estimulantes do chá de cogumelos – bem por isso, ele venceu duas vezes a corrida olímpica de longa distância. Do arco e flecha ao nado sincronizado, verdade seja dita, as modalidades olímpicas se multiplicaram ao longo do tempo, o que fomentou a indústria esportiva e abriu as portas para a manipulação de drogas sintéticas e demais suplementos potencializadores. Lentava-se, a propósito, a discussão: até que ponto o doping pode ser fraude atribuída apenas ao esportista?
Um caso emblemático: Lance Edward Armstrong, ex-ciclista americano, ficou famoso por ter vencido o Tour de France por sete vezes consecutivas, de 1999 a 2005. Glamour à parte, em 2012, Armstrong perdeu todos os títulos e foi afastado do ciclismo competitivo pela União Ciclística Internacional. Por quê? Apurou-se que ele usava dopagem bioquímica – um macroesquema que envolveu não só o atleta, mas também médicos e autoridades esportivas.
Fica claro, então, que o lugar mais alto no pódio não é alvo apenas do atleta, nem é a única recompensa desejada pelos envolvidos – atletas, treinadores, técnicos, patrocinadores. Aliás, os últimos são, sem dúvida, o ponto nevrálgico da questão, haja vista o investimento milionário de grandes marcas nesse ou naquele atleta, o que as leva a apostas altas, tocadas, por vezes, a baralho viciado. Ora, dinheiro e corrupção caminham de mãos dadas, o que, fatalmente, vai respingar na arena, na quadra, na piscina.
Como conciliar preparo físico, glória e mercado? Dizer que, acima de tudo, o importante é competir, a essa altura do campeonato, é ingênuo – a não ser que valores éticos fundamentais sejam recuperados: isso é o que espera o torcedor. Sanções disciplinares e multas devem ser aplicadas não só aos atletas dopados, mas também aos demais envolvidos, em especial os patrocinadores, sempre que houver quaisquer violações aos regulamentos prescritos pelo comitê olímpico. É primordial que todos assistamos a competições limpas. Afinal, medalha e marmelada não caem bem!
Por Gislaine Buosi e João Bosco Costa
São características do texto não literário, exceto:
A) Linguagem impessoal (na 3ª pessoa);
B) Linguagem conotativa;
O texto não literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa, e pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo: foco do texto não literário.
C) É sempre de função referencial;
D) Objetividade
D) Objetividade
(funcern 2024) Em relação a distinções entre um texto não literário e o texto literário,; o plano da expressão é relevante por não apenas veicular o conteúdo, mas também reelaborá-lo em sua organização.
Texto literário: o plano da expressão reelabora o conteúdo e cria efeitos estéticos (forma e conteúdo integrados).
Texto não literário: o plano da expressão é apenas funcional, para transmitir informações de forma clara e objetiva.
(ibade 2024) Considere os seguintes excertos de um texto literário e um texto não literário.
Texto Literário: "A casa estava em silêncio, como se as paredes estivessem ouvindo cada suspiro dos habitantes. O crepitar da lareira era o único som que rompia o véu de tranquilidade, como um sussurro suave no meio da noite."
Texto Não Literário: "O projeto atingiu todos os marcos estabelecidos no cronograma. Com a equipe trabalhando de forma eficiente, o próximo passo é a revisão dos resultados e a implementação das recomendações finais."
A alternativa a seguir que melhor descreve o impacto dos recursos estilísticos utilizados em cada texto é: no texto literário, a comparação “como se as paredes estivessem ouvindo” e a onomatopeia “crepitar” são utilizadas para criar uma atmosfera de intimidade e calma. No texto não literário, o uso de termos técnicos e objetivos mantém a clareza e a precisão das informações.
(ifb 2016) O ASSASSINO ERA O ESCRIBA
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983.)
Esse texto de Paulo Leminski é literário ou não literário? Escolha a melhor justificativa abaixo:
Todas as referências literais, com referência aos termos gramaticais, têm significados conotativos correspondentes. Isso é próprio do texto literário;
(inaz do pará 2024) Em relação aos gêneros textuais literários e não literários, considere as assertivas abaixo.
I. Os gêneros textuais do tipo narrativo literários tendem a privilegiar a subjetividade e a expressividade da linguagem, permitindo que o tempo e o espaço sejam manipulados conforme a intenção do autor, com grande liberdade de estrutura.
II. Os gêneros textuais do tipo argumentativo não literários se caracterizam pela construção lógica e objetiva de um raciocínio, visando convencer o receptor de uma determinada ideia ou ponto de vista, sem recorrer a recursos estilísticos ou artísticos.
III. Os gêneros do tipo descritivos, sejam literários ou não literários, são voltados principalmente para a representação minuciosa de personagens ou cenários, com ênfase nos detalhes sensoriais e na construção imagética.
IV. Nos gêneros não literários, como os textos jornalísticos, o uso da linguagem tende a ser mais formal e estruturado, enquanto nos textos literários a linguagem pode ser mais livre, poética e simbólica, quebrando as convenções normativas.
Assinale a alternativa CORRETA: Somente as assertivas I, III e IV estão corretas.
II - Embora os gêneros argumentativos não literários busquem lógica e objetividade para convencer o receptor, eles podem recorrer a recursos estilísticos e retóricos para fortalecer sua argumentação.