Pontuação e sinais gráficos

QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

VÍRGULA


(FCC 2017) Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato- -grossense muito influenciada pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território. O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc. As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e costumes da região. (Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em: http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-mato-grosso-dosul.html) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas em cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e costumes da região. (3o parágrafo) Após o deslocamento da expressão destacada, sem alterar o sentido da frase original, o uso da vírgula fica correto em: A) As peças em geral além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.

As peças em geral[,] além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região. B) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem além da fauna e da flora, retratar tipos humanos e costumes da região.

As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem[,] além da fauna e da flora, retratar tipos humanos e costumes da região. C) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, além da fauna e da flora são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.

As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, além da fauna e da flora[,] são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região. D) Além da fauna e da flora as peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da região.

Além da fauna e da flora[,] as peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da região. E) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além da fauna e da flora.

Adjunto adverbial --> deslocou, coloca virgula.


(fgv 2021) Em todas as frases abaixo há um termo sublinhado; se deslocarmos esse termo para o lugar na frase marcado por um asterisco, só NÃO vamos precisar empregar vírgulas em: A) Nunca deixei que (*) o período que passei na escola interferisse em minha educação;

Incorreto. A estrutura "em minha educação" é complemento de verbo, ou seja, objeto indireto. Se deslocado, constar-se-á inversão de termos sintáticos, que deverá ser marcada por vírgula: "Nunca deixei que, em minha educação, o período que passei na escola interferisse"; B) Nós só (*) aprendemos geologia na manhã seguinte a um terremoto;

Incorreto. Nem sequer há possiblidade de deslocar o adjunto adverbial para onde sugere a banca. Se assim o fizéssemos, haveria agramaticalidade na estrutura; C) De erro em erro descobre-se a verdade inteira (*);

Correto. Pode-se corretamente demover o adjunto adverbial do início da frase para o final, não havendo nenhum erro nesse deslocamento. Aliás, se se deslocasse o adjunto para o final, ele estaria em sua posição originária. Reescrevendo: "Descobre-se a verdade inteira de erro em erro"; D) Tudo no mundo é estranho e (*) maravilhoso para pupilas bem abertas;

Incorreto. Precisará de virgulação. A estrutura "para pupilas bem abertas" é adjunto adverbial de toda oração (tudo no mundo é estranho e maravilhoso). Se deslocado, deve aparecer separado por vírgulas dos demais termos. A reescritura dá-se nestes termos: "Tudo no mundo é estranho e, para pupilas bem abertas, maravilhoso"; E) (*) Preciso de uma longa vida para superar as sequelas da educação ruim.

Incorreto. Precisará de virgulação. Convencionou-se que adjuntos adverbais e orações subordinadas adverbiais tidos por extensos, se deslocados, devem aparecer separados por vírgula(s) dos demais termos. A reescritura dá-se nestes termos: "Para superar as sequelas da educação ruim, preciso de uma longa vida".


PARENTESES


(UFPA 2017) No trecho “A sociedade civil (inclusive os defensores dos direitos humanos e da paz) e os ativistas ecológicos devem ser reconhecidos e protegidos como grupos essenciais para a construção de um mundo não violento.” (linhas 51 a 53), afirma-se que os parênteses poderiam ser substituídos por

I vírgulas.

II ponto e vírgula.

III hifens.

IV travessões.

V dois-pontos.

Estão CORRETOS os itens : I e IV. 

Aplica-se a regra do JAPA

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(fcc 2018) Agitador cultural, artista plástico, cenógrafo, jornalista, analista geopolítico, escritor, arquiteto e engenheiro de formação, Flávio de Carvalho (1899-1973), figura excêntrica ou mesmo marginal na história da modernidade artística brasileira, tem sido retomado nos últimos anos, como atestam recentes publicações e exposições acerca de seus trabalhos.

    Conhecido mais por suas pinturas e por suas polêmicas experiências artísticas, pouco se fala de sua produção no campo da arquitetura. Após concluir o curso superior em Engenharia Civil em Newcastle, norte da Inglaterra, Flávio retornou ao Brasil em 1922 e passou a trabalhar no escritório Ramos de Azevedo até 1926, quando abriu seu próprio escritório no centro da cidade de São Paulo.

    Se foi Gregori Warchavchick (1896-1972) quem publicou no Brasil o primeiro manifesto a favor da arquitetura moderna, em 1925, Flávio de Carvalho é quem realiza, em 1927, aquele que é considerado o primeiro projeto de arquitetura moderna no país. Sob o pseudônimo de Eficácia, o projeto excêntrico é feito para o concurso do Palácio do Governo do Estado de São Paulo. Embora derrotado, seu trabalho gera polêmica e produz discussões, ao apresentar inovações estilísticas e estéticas para o período, rendendo três artigos de Mário de Andrade com elogios e críticas, publicados no jornal Diário Nacional.

      Seus projetos de arquitetura moderna, entretanto, só se concretizaram quando realizados em terras da família e construídos com verbas próprias. Em 1936, iniciou a construção da Vila Modernista, concluída em 1938: um conjunto de 17 casas de aluguel localizadas no atual bairro Jardim Paulista (São Paulo-SP), na esquina da Alameda Lorena com a Rua Rocha de Azevedo. Elas vinham com uma “bula”, folheto informativo explicando os modos de uso que potencializariam sua habitação, que destacava: “Casas frias no verão e quentes no inverno”.

      Em 1938, Flávio de Carvalho construiu a Casa Modernista da Fazenda Capuava, na cidade de Valinhos–SP. De acordo com Flávio, em entrevista concedida a Dulce Carneiro, sua casa é concebida “(...) dentro de uma visão poética, é produto de pura imaginação, tentando criar uma maneira ideal de viver”.

     Com a conclusão da casa, Flávio passou a viver nela, que além de moradia funcionava como ateliê, onde vivenciava sua maneira ideal de viver. A casa era “(...) um misto de templo e aeronave, (...) uma aposta na continuidade do fazer artístico no espaço da existência (...). A reunião de materiais improváveis como o alumínio e a madeira, a escala dos espaços, a preocupação com detalhes como o tipo e a forma das maçanetas e armários, a policromia dos tetos, paredes e colunas, a conexão entre portas e janelas nas quinas de alguns cômodos, a integração entre espaços internos e externos, o paisagismo, enfim, a totalidade arquitetônica foi dimensionada cuidadosamente por Flávio de Carvalho. Mais do que uma máquina de morar, ele conseguiu um ninho ao mesmo tempo primitivo e futurista”.

(Adaptado de: STEVOLO, Pedro Luiz, “A Casa Modernista de Flávio de Carvalho”. Disponível em: www.revistas.usp.br) 

As frases abaixo referem-se à pontuação do texto.

I. Imediatamente após materiais improváveis (último parágrafo), pode-se acrescentar dois-pontos, uma vez que se segue uma sequência de exemplos para essa expressão.

II. No 4° parágrafo, os parênteses servem para isolar uma informação complementar, mas não essencial ao entendimento da frase.

III. O segmento além de moradia (último parágrafo) não pode ser isolado por vírgulas, pois acarretaria uma separação entre sujeito e verbo.

É correto o que consta APENAS em

A) II e III.

B) II.

C) I.

D) I e II.

E) III.


INTERROGAÇÃO


(fcc 2019) [Nossa quota de felicidade]

      Os últimos 500 anos testemunharam uma série de revoluções de tirar o fôlego. A Terra foi unida em uma única esfera histórica e ecológica. A economia cresceu exponencialmente, e hoje a humanidade desfruta do tipo de riqueza que só existia nos contos de fadas. A ciência e a Revolução Industrial deram à humanidade poderes sobre-humanos e energia praticamente sem limites. A ordem social foi totalmente transformada, bem como a política, a vida cotidiana e a psicologia humana.

      Mas somos mais felizes? A riqueza que a humanidade acumulou nos últimos cinco séculos se traduz em contentamento? A descoberta de fontes de energia inesgotáveis abre diante de nós depósitos inesgotáveis de felicidade? Voltando ainda mais tempo, os cerca de 70 milênios desde a Revolução Cognitiva tornaram o mundo um lugar melhor para se viver? O falecido astronauta Neil Armstrong, cuja pegada continua intacta na Lua sem vento, foi mais feliz que os caçadores-coletores anônimos que há 30 mil anos deixaram suas marcas de mão em uma parede na caverna? Se não, qual o sentido de desenvolver agricultura, cidades, escrita, moeda, impérios, ciência e indústria?

      Os historiadores raramente fazem essas perguntas. Mas essas são as perguntas mais importantes que podemos fazer à história. A maioria dos programas ideológicos e políticos atuais se baseia em ideias um tanto frágeis no que concerne à fonte real de felicidade humana. Em uma visão comum, as capacidades humanas aumentaram ao longo da história. Considerando que os humanos geralmente usam suas capacidades para aliviar sofrimento e satisfazer aspirações, decorre que devemos ser mais felizes que nossos ancestrais medievais e que estes devem ter sido mais felizes que os caçadores-coletores da Idade da Pedra. Mas esse relato progressista não convence.

(Adaptado de HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018, p. 386-387) 

A interrogação Mas somos mais felizes?, que abre o 2° parágrafo do texto, tem como função

A) ponderar sobre um conceito que tem preocupado exageradamente a filosofia e as artes.

B) ratificar o que houve de mais positivo nas conquistas da humanidade nos últimos 500 anos.

C) associar o progressivo índice da felicidade humana aos feitos da ciência e da economia.

D) introduzir criticamente um conceito sempre subestimado ao longo da nossa civilização.

E) abrir uma linha de raciocínio que desqualifica as supostas conquistas da tecnologia.


ASPAS


(fgv 2014) TEXTO - O Cavalo e o seu Cuidador Esopo Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados. Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar. Entretanto, ao mesmo tempo que o acariciava diante de todos, sem que ninguém suspeitasse, roubava a maior parte dos grãos de aveia destinados a alimentar o pobre animal, e os vendia às escondidas para obter lucro. Então o cavalo se volta para ele e diz: "Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais..." O último parágrafo do texto está entre aspas porque: A) se trata de uma parte importante da história; B) marca a fala de alguém; C) é a parte final do texto; D) se refere a um fato impossível; E) destaca a fala do autor do texto


TRAVESSÕES


(fgv 2019) Texto 5 “No Paquistão, quando sou proibida de ir à escola, compreendo o quão importante é a educação. A educação é o poder das mulheres. (....) Nós percebemos a importância de nossa voz quando somos silenciados”. É assim que a pequena notável enxerga o horizonte e – por meio das novas tecnologias – pôde fazer ecoar sua voz. Educação é um ato político, e se é na sociedade (seja física ou digital) o nascedouro de faíscas de perspectivas para um mundo mais igualitário, a escola deve ser o seu maior berçário. Empoderamento educacional, Ivan Aguirra O sinal gráfico do texto 5 que mostra seu sentido de forma correta é: A) as aspas indicam que o trecho selecionado é de grande importância para o texto; B) os parênteses com pontos em seu interior indicam que algo foi censurado no texto original; C) os parênteses com palavras em seu interior indicam a presença de uma informação esquecida anteriormente; D) as letras maiúsculas no início de Paquistão e Educação foram empregadas pelo mesmo motivo; E) os pequenos travessões que destacam por meio das novas tecnologias inserem uma nova informação no texto.

O travessão pode ser utilizado para substituir outros sinais gráficos, como a vírgula, parênteses e dois pontos. Pode ser utilizado para enquadrar um aposto que explica ou especifica um vocábulo anterior.


DOIS PONTOS


(fgv 2022) O filósofo francês Pascal afirmou que: “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo”. O pensamento acima é dividido em duas partes, separadas pelo emprego dos dois pontos. A segunda parte mostra: A) o esclarecimento sobre como atua a imaginação; B) uma enumeração dos poderes da imaginação;

Os dois pontos introduzem diálogo, enumeração, explicação, comentário, esclarecimento, exemplificação, consequência etc. ....poderes: ela faz a beleza, a justiça e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo”... traz a ideia de uma enumeração. C) uma explicação dos termos da parte anterior; D) a consequência da oração anterior; E) uma definição do que é a imaginação.

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