Teoria do Consumidor









QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

(cetap 2021) A curva de indiferença na microeconomia: indica as combinações de cestas de mercado que propiciam o mesmo nível de satisfação para um consumidor.

(cespe/cebraspe 2018) A curva de indiferença é usualmente ilustrada como sendo côncava em relação à origem para mostrar que as combinações de dois bens são indiferentes ao consumidor, e sinaliza que quanto mais escasso for um bem maior, maior será o seu valor relativo de substituição. CERTO
A questão começa dizendo: "A curva de indiferença é usualmente ilustrada como sendo côncava em relação à origem..." e nessa hora todo mundo já pensa "poxa, usualmente côncava, claro que não!", acontece que a questão especificou a situação em que ela é usualmente côncava logo na sequência (...para mostrar que as combinações de dois bens são indiferentes ao consumidor, e sinaliza que quanto mais escasso for um bem maior, maior será o seu valor relativo de substituição.) 
➱ E o que essa segunda parte quer dizer?! 
➱ (...a combinação de dois bens são indiferentes ao consumidor...) = ele não prefere conjuntos formados por dois bens, logo prefere a cesta de consumo somente com o bem A ou B. 
A afirmativa ainda continua: (...sinaliza que quanto mais escasso for um bem maior, maior será o seu valor relativo de substituição.) = quanto mais escasso for um bem, maior será o seu valor na substituição (ninguém troca 1 kg de ouro por 1 kg de terra). 
➱ Por fim, quando temos um consumidor nessas condições, que prefere os extremos (especialização) e não a média, teremos sim o gráfico usualmente côncavo em relação a origem.

(fgv 2024) A teoria da escolha do consumidor tem como um de seus pressupostos básicos que as preferências são racionais. Assumindo apenas essa hipótese, assinale a opção que apresenta uma característica das escolhas do consumidor: Suas curvas de indiferença nunca se cruzam.
A preferências racionais são dadas pela completude e transitividade, esta última estabelece que as curvas de indiferença não se cruzam
Pressupostos básicos
Completude: O consumidor é capaz de comparar qualquer par de cestas de consumo e determinar qual cesta ele prefere, qual ele é indiferente ou qual ele prefere menos.
Transitividade: As curvas de indiferença, que representam as combinações de bens que o consumidor considera igualmente satisfatórias, não se cruzam sob essa propriedade. Se o consumidor prefere a cesta A à cesta B, e a cesta B à cesta C, então ele necessariamente prefere a cesta A à cesta C.
Reflexividade: Cada cesta de consumo é considerada pelo menos tão boa quanto ela mesma. Ou seja, o consumidor nunca prefere uma cesta a si mesma.
Monotonicidade: O consumidor sempre prefere mais de um bem a menos do mesmo bem, ceteris paribus.  As curvas de indiferença, sob essa propriedade, são decrescentes, ou seja, possuem inclinação negativa.
Racionalidade: A racionalidade das preferências do consumidor é garantida pela completude e transitividade. Se o consumidor é capaz de comparar qualquer par de cestas e suas preferências são transitivas, as suas decisões de consumo serão consistentes e coerentes com seus desejos.

(pr 4 ufrj 2023) Uma curva de indiferença é o conjunto das cestas de consumo que: proporcionam o mesmo nível de utilidade ao consumidor.

(prf 4 ufrj 2023) Considere um agente econômico que consome somente dois bens. Suponha que a renda desse agente e o preço de cada um dos dois bens cresçam 50%. De acordo com a teoria do consumidor: as quantidades demandadas não se alteram.
suponha que:
M = 100, P1 = 10 e P2 = 20
Ele consegue compra 10 un. do bem 1 ou 5 un. do bem 2
Aumentando em 50% M, P1 e P2:
M = 150, P1 = 15 e P2 = 30
Ele continua conseguindo comprar 10 un. do bem 1 ou 5 un. do bem 2.

(fgv 2024) Considere três cestas de consumo quaisquer x, y e z que assumem valores não negativos (conjunto de consumo). Considere que o consumidor possui preferências racionais e que ele ao comparar as cestas informa que:
x~y
y fracamente preferível a z
Ao utilizar essas duas comparações e o fato de as preferências serem racionais, é correto concluir que: x é fracamente preferível a z. 
Conceitos Fundamentais
  1. Cestas de Consumo (x, y, z):

    • As cestas de consumo x, y e z representam diferentes combinações de bens que o consumidor pode comparar e avaliar de acordo com suas preferências.
    • Esses valores são não negativos, o que significa que cada cesta contém uma quantidade possível de bens que o consumidor considera.
  2. Preferências Racionais:

    • As preferências racionais seguem dois princípios:
      • Completude: O consumidor é capaz de comparar qualquer par de cestas e decidir qual prefere ou se as considera equivalentes.
      • Transitividade: Se o consumidor prefere a cesta AA em relação à cesta BB, e prefere a cesta BB em relação à cesta CC, então ele também deve preferir a cesta AA em relação à cesta CC.
  3. Notação das Preferências:

    • xyx \sim y: Significa que o consumidor considera as cestas xx e yy indiferentes – ou seja, têm o mesmo nível de preferência.
    • yy é fracamente preferível a zz: Significa que o consumidor prefere yy em relação a zz, ou considera
      y
      e zz indiferentes.
Análise das Informações

A sentença nos fornece duas informações específicas sobre as preferências do consumidor:

  1. Primeira Informação: xyx \sim y

    • O consumidor considera as cestas xx e yy indiferentes, o que implica que ele atribui o mesmo nível de satisfação ou preferência a ambas.
  2. Segunda Informação: yy é fracamente preferível a zz

    • Isso indica que o consumidor prefere yy a zz ou é indiferente entre yy e zz.
Conclusão Usando a Transitividade das Preferências

Com as preferências racionais, podemos aplicar a transitividade para chegar à conclusão de que x é fracamente preferível a z.

  1. Passo 1: Sabemos que x \sim y, ou seja, o consumidor é indiferente entre xx e yy.
  2. Passo 2: Sabemos que
    y
    é fracamente preferível a zz, ou seja, (onde o símbolo "≥" indica que yy é preferido ou indiferente em relação a zz).

Com a transitividade:

  • Se xyx \sim y e yzy \geq z, então xzx \geq z.

Portanto, a conclusão correta é que x é fracamente preferível a z.

(fgv 2024) Considere duas cestas de consumo x e y. Um indivíduo é indiferente entre essas duas cestas se, e somente se,: x é fracamente preferível a y e y é fracamente preferível a x.
A condição de indiferença entre duas cestas de consumo x e y é expressa pela teoria da utilidade marginal decrescente. De acordo com essa teoria, um indivíduo será indiferente entre duas cestas de consumo se a utilidade adicional (marginal) que ele obtém de um bem na cesta x for igual à utilidade marginal do mesmo bem na cesta y. logo para o indivíduo ser indiferente entre as duas cestas, a utilidade marginal do bem na cesta x deve ser igual a utilidade marginal do bem na cesta y. Quando as utilidades marginais são iguais para todos os bens entre duas cestas, o indivíduo é indiferente entre elas.

(cetap 2021) As curvas de indiferença apresentam todas as combinações de cestas que fornecem o mesmo nível de satisfação para os consumidores. Sobre o assunto, não se pode afirmar que:
A) magnitude da inclinação é mensurada pela taxa marginal de substituição (TMS) entre dois bens.
B) as curvas de indiferença são convexas quando a taxa marginal! de substituição (TMS) diminui ao longo dessa curva.
C) as curvas de indiferença podem se interceptar e sua inclinação diminui à medida que se movimentam para cima ao longo da curva.
As curvas de indiferença não podem se cruzar, se assim fosse, o principio da transitividade seria violado e os agentes seriam incapazes de exercer suas preferências.
D) um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de um consumidor.

(cespe/cebraspe 2006) As isoquantas têm formato inverso ao formato das curvas de indiferença do consumidor. ERRADO
A inclinação da curva de indiferença é convexa e tem vários pontos de inclinação A relação entre os 2 bens do gráfico é inversa (quando se consome mais de alimentos, menos se consome de vestuário). A isoquanta é uma curva convexa, mostrando que na função de produção os fatores de produção são substitutos entre si,  porém, não perfeitos. Traduz o facto de que, em geral, a possibilidade de poupar capital com um determinado aumento do fator trabalho é tanto maior quanto menor for o nível de trabalho empregue.

(cespe/cebraspe 2013) A taxa marginal de substituição (TMS), calculada por meio da curva de indiferença do consumidor, corresponde à propensão marginal a pagar ou a consumir. CERTO

(cetap 2021) Em relação ao "efeito renda", pode-se afirmar que é: a mudança no consumo de um bem resultante de um aumento do poder de compra com os preços relativos mantidos constantes.
O efeito renda ocorre quando uma mudança na renda de uma pessoa afeta a quantidade de bens que ela compra. Imagine que você recebe um aumento no seu salário. Com mais dinheiro, você pode comprar mais coisas, como mais comida, roupas, ou sair mais para se divertir. Isso é o efeito renda: com mais renda, seu poder de compra aumenta, e você pode comprar mais bens e serviços. O efeito renda é importante na economia porque ajuda a entender como as pessoas mudam seus hábitos de consumo quando têm mais ou menos dinheiro.

(cespe/cebraspe 2014) As curvas de indiferenças correspondem às infinitas combinações de bens e representam as preferências dos consumidores, porque os bens e serviços são contáveis e os gastos pessoais finitos. ERRADO
Comentário: O que mostra que os gastos são finitos é a reta de restrição orçamentária, como o nome diz, e não a curva de indiferença. Conceito de curva da indiferença: A expressão curva de indiferença deriva do fato de que cada ponto na curva rende a mesma utilidade, logo, o consumidor será indiferente sobre qualquer cesta de consumo ao longo da curva, pois proporcionam igual utilidade. Por isso a curva não DESCREVE a preferência do consumidor, ela só diz "se o consumidor escolher consumir mais de um produto isso implica em consumir menos de outro em uma determinada proporção".

(fgv 2024) Imagine um consumidor que possui R$100 para gastar em dois bens: pizza e refrigerante. O preço de uma pizza é R$20 e o preço de um litro de refrigerante é R$5. A Restrição Orçamentária desse consumidor representa unicamente: todas as combinações de pizzas e refrigerantes que ele pode comprar com sua renda, dados os preços dos bens. 
A restrição orçamentária é a expressão matemática que mostra todas as combinações possíveis de bens que um consumidor pode adquirir com uma renda limitada, dado os preços dos bens.

(fgv 2024) No contexto da teoria do consumidor, o Equilíbrio do Consumidor é alcançado quando: a restrição orçamentária do consumidor é tangente à curva de indiferença.
O Equilíbrio do Consumidor, na teoria do consumidor, representa a situação em que o consumidor maximiza sua satisfação com a compra de bens e serviços, considerando sua renda disponível e os preços dos bens. Para alcançar esse equilíbrio, o consumidor deve tomar decisões racionais que lhe permitam obter a maior utilidade possível dentro das suas restrições. O equilíbrio do consumidor é alcançado no ponto onde a curva de indiferença mais alta toca a restrição orçamentária. Nesse ponto, o consumidor está obtendo a máxima utilidade possível dentro das suas restrições.

(cetap 2021) O equilíbrio do consumidor em um mercado competitivo apresenta: um conjunto de preços nos quais a quantidade demandada iguala a quantidade ofertada em cada um dos mercados.

(cespe/cebraspe 2024) Em um modelo simplificado para representar o comportamento esperado do consumidor padrão, dois bens, X e Y, são consumidos em x unidades e y unidades, respectivamente. Esses bens são adquiridos no mercado competitivo aos preços px e py , respectivamente, e o consumidor tem uma renda R a ser gastada no consumo desses bens. O comportamento padrão é que o consumidor deseja maximizar a função utilidade u(x, y), que representa sua satisfação obtida pelo consumo dos bens X e Y, limitado ao seu orçamento, dado pela relação px . x + py  ∙ y ≤ R.
A partir da situação hipotética precedente, julgue o item seguinte.
Se X e Y forem bens perfeitamente substitutos e as preferências do consumidor forem estritamente monotônicas, é possível que u(20, 20) > u(19, 30). CERTO
As preferências por substitutos perfeitos em geral podem ser representadas por uma função de utilidade da forma:
u(x1, x2) = ax1 + bx2
A questão diz que: u(20, 20) > u(19, 30).
Então:
20a + 20b > 19a + 30b
a > 10b
Supondo que: a = 20 e b =1
20 > 10x1 ----> 20 > 10
Substituindo pela função utilidade:
20x20 + 20x1 > 19x20 + 30x1
400 + 20 > 380 + 30
420 > 410
Logo a questão está CERTA

(fgv 2024) Dois bens (x e y) são ditos complementares perfeitos para um indivíduo quando as suas preferências podem ser representadas por uma função de utilidade U(x,y) da seguinte forma: (Considere a e b constantes reais positivas): min {ax, y}.
Bens complementares perfeitos são representados por uma função de utilidade onde a satisfação do consumidor depende da quantidade mínima entre os dois bens, porque o consumo de um bem é inútil sem o consumo adequado do outro.

(cespe/cebraspe 2024) A função utilidade U (x1, x2) = x1 + 6x2 representa bens complementares. ERRADO
U(x,y)= se tiver adição os bens são substitutos perfeitos
U(x1 ,x2 ) = min{ax1,bx2 } Complementares perfeitos possui o termo min. 

(cespe/cebraspe 2024)  Um consumidor distribui sua renda entre dois bens, X e Y, consumindo x unidades do bem X e y unidades do bem Y. O consumidor tem preferências racionais, monotônicas e contínuas dadas pela função utilidade u(x,y)  = x + √y. Os bens X e Y são vendidos sob concorrência perfeita aos preços pX e pY, respectivamente. Em referência à situação hipotética anterior, julgue o item que se segue. 
Os bens X e Y são bens substitutos. CERTO
A estrutura da função utilidade, somada à aditividade entre xx e y\sqrt{y}, indica que X e Y são bens substitutos. O consumidor pode ajustar suas quantidades de consumo entre X e Y para maximizar sua utilidade sem depender de uma proporção fixa entre os dois. Portanto, na sentença dada, o item afirmando que "os bens X e Y são bens substitutos" é verdadeiro.

(cespe/cebraspe 2013) As premissas de integralidade, transitividade e monotonicidade explicam as preferências de um consumidor racional. ERRADO
Premissas não explicam nada, elas são adotadas para que uma teoria faça sentido. As premissas de integralidade, transitividade e monotonicidade dão suporte a teoria do consumidor, mas não a explicam. 
Segundo os conceituados economistas Roberty Pindyck e Daniel Rubinfeld "Essas três premissas (Integridade / Transitividade / Monotonicidade) constituem a base da teoria do consumidor. Elas não explicam as preferências do consumidor, mas lhe conferem certo grau de racionalidade e razoabilidade." 

(instituto aocp 2019) Assinale a alternativa que apresenta o que relaciona a quantidade demandada de um bem com o nível de renda, coeteris paribus: Curva de Engel.
Curva de Engel aborda os gastos das famílias com um determinado bem de acordo com sua renda. Quanto maior a renda maior o consumo ou vice-versa. A Curva de Engel representa a relação entre a renda de um consumidor e a quantidade demandada de um bem específico, mostrando como o consumo de um bem varia conforme a renda do consumidor muda, mantendo os preços constantes.
Conceitos Básicos da Curva de Engel:
Forma e Interpretação:
Para bens normais (ou seja, bens cuja demanda aumenta com a renda), a Curva de Engel tem uma inclinação positiva. À medida que a renda do consumidor aumenta, ele consome mais desses bens.
Para bens inferiores (bens cuja demanda diminui quando a renda aumenta, como produtos de qualidade mais baixa que são substituídos por outros melhores), a Curva de Engel tem uma inclinação negativa. Quando a renda aumenta, o consumo desses bens tende a diminuir, pois o consumidor prefere bens de maior qualidade.
Utilidade da Curva de Engel:
A curva permite aos economistas entenderem o comportamento de consumo em função de diferentes níveis de renda, ajudando a identificar quais bens são normais e quais são inferiores.
Também auxilia em análises de demanda e políticas de consumo, pois indica como o consumo de diferentes bens reage a mudanças na renda. Esse conhecimento é fundamental para prever como alterações econômicas, como aumentos de salário ou políticas de subsídios, podem impactar o consumo de diferentes produtos.
Exemplos Práticos:
Alimentos básicos como arroz e feijão geralmente são bens normais: à medida que a renda aumenta, a demanda por eles cresce até certo ponto e depois estabiliza.
Bens de luxo, como viagens internacionais ou itens de grife, têm uma curva de Engel com uma inclinação positiva mais acentuada, pois a demanda por esses bens tende a crescer substancialmente conforme a renda aumenta.
Produtos substituíveis por versões superiores (como fast-food) podem ser considerados bens inferiores, pois, com o aumento da renda, as pessoas tendem a consumir menos desses produtos e optam por refeições em locais de maior qualidade.
Em resumo, a Curva de Engel é uma ferramenta importante na microeconomia para estudar as preferências de consumo de acordo com a variação de renda e a classificação dos bens conforme a resposta de demanda a essas mudanças.

(cespe/cebraspe 2024) Uma via genérica em uma cidade é um exemplo de bem público, pois apresenta as características de não exclusividade e não rivalidade no consumo. Considerando esse contexto, julgue o item subsecutivo. Uma avenida, quando congestionada, deixa de ser um bem público, pois, nesse caso, passa a apresentar rivalidade no consumo. CERTO
As condições de rivalidade e exclusividade são dinâmicas (não estáticas). E também depende da perspectiva do usuário.
Pense no ônibus:
Para quem é idoso, é um bem não exclusivo (não paga para utilizar). Mas para um cidadão sem isenção, ele passa a ter a característica de exclusividade.
Em relação aos assentos, conforme as pessoas vão sentando, a rivalidade pelos assentos aumenta. Se há 4 pessoas querendo sentar e 3 assentos, torna-se também um bem rival.
Embora o ônibus seja retratado como transporte "público", em termos de classificação econômica pode adquirir temporariamente as características de um bem particular, se tarifado e lotado; ou semipúblico se uma das características estiver presente.

(cespe/cebraspe 2024) Uma via genérica em uma cidade é um exemplo de bem público, pois apresenta as características de não exclusividade e não rivalidade no consumo. Considerando esse contexto, julgue o item subsecutivo. Uma rua em um condomínio fechado não é um bem público, por ser exclusiva. CERTO
O conceito de "Exclusividade" advém da possibilidade de excluir o consumidor de consumir aquele bem. Como a via está em condomínio fechado, existe a possibilidade da exclusão do consumo daquele bem, tornando a alternativa correta.
Os Bens públicos são aqueles bens não rivais e não exclusivos.
Não Rivais: o consumo por um individuo não impede o consumo por outro.
Não Exclusivos: É Impossível impedir pessoas de não consumir um bem publico. Ex. Praça pública de uma cidade

(fundatec 2024) Em relação à teoria da escolha do consumidor, analise as afirmações abaixo:
1. A escolha do consumidor é determinada por alguns fatores, quais sejam: a restrição orçamentária, que irá definir o que o consumidor pode gastar; as preferências, ou seja, como os consumidores fazem suas escolhas; e a otimização de suas escolhas, que irá determinar a melhor combinação de escolha entre os bens a serem adquiridos.
2. A teoria da escolha do consumidor examina os tradeoffs com os quais as pessoas se deparam no papel de consumidores. Isso ocorre considerando que para conseguir algo deve-se renunciar a outra coisa. A tomada de decisões exige escolher um objetivo em detrimento de outro.
3. A curva de indiferença mostra as combinações de consumo que proporcionam ao consumidor o mesmo nível de satisfação e possuem quatro propriedades: as curvas de indiferença mais elevadas são preferíveis às mais baixas; a maioria das curvas de indiferença se inclinam para baixo; as curvas de indiferença não se cruzam; e as curvas de indiferença são convexas em relação à origem dos eixos.
4. A “utilidade” marginal de qualquer bem é o aumento de utilidade que o consumir obtém de uma unidade adicional do bem em questão. Supondo que a maioria dos bens exibe “utilidade” marginal decrescente, quanto mais de um bem o consumidor tem, menor a “utilidade” marginal proporcionada por uma unidade a mais do mesmo bem.
5. Um bem inferior é aquele bem para o qual um aumento na renda eleva quantidade demandada e um bem normal é um bem para o qual um aumento na renda diminui a quantidade demandada.
O resultado da somatória dos números correspondentes às afirmações corretas é: 10
5 - A frase está incorreta. Um bem inferior é aquele para o qual a quantidade demandada diminui quando a renda aumenta, pois o consumidor opta por bens de maior qualidade. Já um bem normal é aquele cuja demanda aumenta com o aumento da renda.

(fgv 2024) Considere uma economia de dois bens. Se um bem é normal, então o outro bem será necessariamente: normal ou inferior. 
Se um bem em uma economia de dois bens é normal, o outro bem pode ser classificado como inferior ou normal, dependendo da relação específica entre esses bens e da renda do consumidor.
Vamos entender os termos:
1. Bem Normal: Um bem é considerado normal quando a quantidade demandada desse bem aumenta à medida que a renda do consumidor aumenta, mantendo constante o preço desse bem.
2. Bem Inferior: Um bem é classificado como inferior quando a quantidade demandada desse bem diminui à medida que a renda do consumidor aumenta, mantendo constante o preço desse bem. Bens inferiores são geralmente associados a categorias de produtos mais básicos ou de menor qualidade, que as pessoas tendem a substituir por bens de maior qualidade quando têm maior poder aquisitivo.
Se um dos bens é normal, isso significa que, com o aumento da renda, a demanda por esse bem aumenta. O outro bem pode ser inferior se a quantidade demandada desse bem diminuir à medida que a renda do consumidor aumenta. Alternativamente, se a quantidade demandada do outro bem também aumentar com o aumento da renda, ambos os bens seriam considerados normais.
Em resumo, a natureza do outro bem (normal ou inferior) dependerá das mudanças na demanda desse bem em resposta às variações na renda do consumidor.

(if mt 2023) Considerando os três axiomas da teoria do consumidor (completude, transitividade e continuidade), é possível mostrar formalmente que os indivíduos são capazes de ranquear todas as possíveis situações, da menor cesta desejável até a mais desejável. Os economistas chamam essa classificação de utilidade. Sobre a utilidade, assinale alternativa CORRETA.
NICHOLSON, W.; SNYDER, C. Teoria Microeconômica: princípios básicos e aplicações. Tradução de Noveritis do Brasil. São Paulo: CENGAGE, 2018. (adaptado).
( ) Se um indivíduo prefere a cesta A ao invés da cesta B, é possível afirmar que a utilidade atribuída à cesta A, representada por U(A), excede a utilidade atribuída à cesta B, representada por U(B).
( ) A função utilidade Cobb-Douglas é representada por u ((X1, X2) = x1α​ x2β​, em que α e β são constantes positivas que descrevem as preferências do consumidor.
( ) Na função utilidade Cobb-Douglas u (x,y) =xδ y1-δ, em que δ=α/(α+β), 1-δ=β/(α+β), uma função utilidade Cobb-Douglas com α=0,9 e β=0,3 teria o mesmo resultado de uma função com δ=0,75 e 1-δ=0,5.
( ) As curvas de indiferença em formato de L são geradas por meio de uma função utilidade representada pela fórmula: U(x,y)=αx+βy.
( ) A taxa Marginal de Substituição (TMS) é o negativo da inclinação de uma curva de indiferença (U1) em algum ponto. A TMS é representada pela seguinte notação: TMS = −dxdy​∣U=U1​​​, ou seja, a inclinação é calculada ao longo da curva de indiferença de U1.
Assinale a opção que representa a sequência CORRETA: V, V, F, F, V.

(iades 2023) Considere um consumidor com função utilidade u(x,y) = x1/2y1/2, que enfrenta os seguintes preços: px = 2 e py = 4. Com base nessa situação, assinale a alternativa correta: Com px = 2 e py = 4, a taxa marginal de substituição na escolha ótima do consumidor entre os bens será de ½.
A afirmação está correta: na escolha ótima do consumidor, a taxa marginal de substituição entre os bens será de 12\frac{1}{2}, pois é igual à razão entre os preços dos bens. Isso indica que, no ponto de equilíbrio, o consumidor está disposto a trocar 1 unidade de yy por 2 unidades de para manter o mesmo nível de satisfação.

(ceperj 2022) A alternativa que apresenta o tipo de função utilidade na qual a Taxa Marginal de Substituição (TMS) entre os dois bens se mantém sempre constante é: Linear (Substitutos perfeitos).
Dois bens x1 e x2 são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. (x1=suco de laranja e x2= suco de uva)
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4261941/mod_resource/content/0/aula02_micro_revisada.pdf

(iv ufg 2024) Para mercados em competição monopolística, o equilíbrio de longo prazo se dá em um ponto em que a curva de custo médio é: negativamente inclinada.
No ajustamento de longo prazo em um mercado em concorrência monopolista, o equilíbrio se dará num ponto onde a curva de demanda, que é negativamente inclinada (indicando que a frma tem algum poder de mercado do seu produto, de sua marca), tangencia a curva de custo médio de longo prazo. Com isso, apesar desse ponto não ser o ponto de mínimo do custo médio de longo prazo, como ocorre em concorrência perfeita, a frma tem lucro econômico igual a zero. Esse é um mercado que tem características de monopólio e de concorrência perfeita. https://home.ufam.edu.br/salomao/Micro%20II/1a%20Prova/Micro%20II%201a%20Prova%20-%20ANPEC.pdf

(ufmt 2024) Considere um paciente que está tomando decisões sobre como alocar seu tempo e dinheiro em saúde, abrangendo consultas médicas e medicamentos. Suponha que a função de utilidade do paciente seja dada por U(C; M) = 2√C + M, onde C representa o número de consultas médicas e M representa a quantidade de medicamentos comprados. Assinale a afirmativa correta sobre essa função de utilidade: É côncava em relação à quantidade de medicamentos, o que sugere que o paciente valoriza mais cada unidade adicional de medicamento à medida que aumenta a quantidade total.

(iades 2023) No que tange ao efeito substituição e ao efeito renda, assinale a alternativa correta: A curva de demanda marshalliana de um bem inferior poderá ser positivamente inclinada.
Para entender essa afirmação, vamos analisar os conceitos de efeito substituição, efeito renda e como eles afetam a curva de demanda de um bem inferior.
Conceitos Básicos
Efeito Substituição:
O efeito substituição ocorre quando o preço de um bem cai, tornando-o relativamente mais barato em comparação com outros bens. O consumidor tende a substituir outros bens por esse, aumentando sua demanda, independentemente do tipo de bem (normal ou inferior).
Efeito Renda:
O efeito renda ocorre quando uma redução no preço de um bem aumenta o poder de compra do consumidor (ou seja, ele "ganha" mais poder de compra com o mesmo orçamento). Para um bem normal, esse aumento no poder de compra tende a aumentar a demanda pelo bem. Mas, para um bem inferior, o efeito renda pode reduzir a demanda, pois o consumidor pode preferir gastar sua renda em bens de melhor qualidade.
Bens Inferiores e Curva de Demanda Positivamente Inclinada
Em geral, para bens inferiores, o efeito substituição e o efeito renda atuam em direções opostas:
Efeito substituição: Ainda incentivará o consumidor a demandar mais do bem quando seu preço cai, pois ele se torna relativamente mais barato.
Efeito renda: Pode fazer com que o consumidor demande menos do bem inferior, pois, com mais poder de compra, ele tende a preferir bens de maior qualidade.
Curva de Demanda Marshalliana Positivamente Inclinada:
Em um caso específico, onde o efeito renda é tão forte que supera o efeito substituição, uma redução no preço de um bem inferior pode levar a uma diminuição na demanda por esse bem. Quando isso ocorre, a curva de demanda desse bem terá uma inclinação positiva. Esse caso é raro e conhecido como um bem de Giffen.

(fgv 2023) Os economistas usam a expressão bem de Giffen, em homenagem ao economista Robert Giffen, para descrever bens: inferiores, para os quais o efeito renda domina o efeito substituição, portanto suas curvas de demanda têm inclinação ascendente.
A expressão "bem de Giffen" é usada para descrever bens inferiores, para os quais o efeito renda domina o efeito substituição, resultando em curvas de demanda com inclinação ascendente. 
Para entender o que é um bem de Giffen, vamos explorar o exemplo prático em que o efeito renda domina o efeito substituição, resultando em uma curva de demanda com inclinação positiva – algo raro, mas possível para certos bens inferiores.
Exemplo Prático: O Caso do Arroz em uma Região de Baixa Renda
Imagine uma região onde muitas famílias têm baixa renda e suas dietas básicas são compostas por arroz e um pouco de carne. O arroz é um bem inferior nesse contexto, pois é uma opção barata e de baixa qualidade, mas é a principal fonte de sustento para essas famílias devido ao seu custo acessível.
Situação Inicial
Renda baixa: As famílias dedicam grande parte de sua renda ao arroz e, quando possível, compram pequenas quantidades de carne para complementar a dieta.
Preço inicial do arroz: Suponha que o preço do arroz é de R$ 5 por quilo, o que permite às famílias comprar o suficiente para suprir suas necessidades calóricas básicas.
O Choque de Preço: Aumento do Preço do Arroz
Agora, imagine que o preço do arroz aumenta de R$ 5 para R$ 7 por quilo. Normalmente, quando o preço de um bem sobe, a quantidade demandada dele diminui, pois as pessoas buscam substituí-lo por outros produtos. Contudo, no caso de um bem de Giffen, algo diferente acontece.
Análise dos Efeitos
Efeito Substituição:
Com o aumento do preço do arroz, as famílias gostariam de comprar menos arroz e, idealmente, substituí-lo por algo mais barato. No entanto, como estamos tratando de uma população de baixa renda, não há outro bem acessível para substituir o arroz, pois ele é o alimento básico mais barato disponível.
Efeito Renda:
O aumento do preço do arroz reduz o poder de compra das famílias. Elas agora possuem ainda menos renda disponível para gastar em outros alimentos, como a carne, e não podem se dar ao luxo de diversificar a dieta.
O efeito renda, nesse caso, leva as famílias a aumentar o consumo de arroz em relação à carne ou a outros itens alimentares. Elas renunciam a bens de maior qualidade (como carne) e compram ainda mais arroz, pois ele continua sendo a única maneira acessível de saciar a fome com um orçamento mais apertado.
Resultado: Demanda com Inclinação Positiva
O aumento no preço do arroz, paradoxalmente, resulta em um aumento na quantidade demandada do próprio arroz, pois as famílias sacrificam outros itens para conseguir manter uma dieta básica.
Esse fenômeno cria uma curva de demanda com inclinação ascendente, algo incomum e que ocorre porque o efeito renda (a perda de poder aquisitivo) supera o efeito substituição (a intenção de comprar menos do bem cujo preço aumentou).

(fgv 2024) Suponha uma economia de dois bens. Indique a opção que mostra a combinação que não é possível, a partir da classificação desses dois bens. 
A) Os dois bens são normais.
B) Um bem é normal e o outro bem é de Giffen.
C) Um bem é normal e o outro bem é inferior.
D) Os dois bens são de luxo. 
E) Os dois bens são de Giffen.
Uma economia com apenas dois bens e ambos sendo bens de Giffen seria um cenário impossível . Vale ressaltar que os bens de Giffen são uma categoria teórica que desafia a lei da demanda, onde o aumento do preço de um bem leva a um aumento na quantidade demandada desse bem.

(cespe/cebraspe 2024) Um bem inferior é necessariamente um bem de Giffen. ERRADO
Todo bem de Giffen é inferior, mas o inverso não é verdade.

(cetap 2021) Com relação ao efeito substituição, marque a alternativa correta: Indica como o consumidor “substitui” um bem por outro quando o preço varia, mas o poder aquisitivo permanece constante. 
Exemplificação do Efeito Substituição Imagine que um consumidor costuma comprar pão e arroz. Se o preço do arroz cai, ele se torna relativamente mais barato em comparação ao pão. O consumidor, então, pode decidir comprar mais arroz e menos pão, substituindo um bem pelo outro para aproveitar o preço reduzido, mantendo o mesmo nível de satisfação ou utilidade.
Efeito Substituição versus Efeito Renda
O efeito substituição é frequentemente analisado junto ao efeito renda:
O efeito renda reflete o aumento no poder de compra do consumidor quando o preço de um bem cai, permitindo que ele consuma mais de todos os bens.
Já o efeito substituição foca apenas no ajuste relativo entre bens conforme seus preços mudam, sem considerar o impacto no poder de compra geral.

(ceperj 2022) No mercado de um bem inferior, ocorre um choque que diminui a renda dos consumidores desse bem. Assumindo tudo o mais constante, a alternativa que indica corretamente o que acontece com a quantidade transacionada e com o preço de equilíbrio desse bem após o choque é: Aumento da quantidade transacionada e do preço de equilíbrio.
Conceito de Bem Inferior
Um bem inferior é aquele cuja demanda aumenta quando a renda do consumidor diminui. Isso ocorre porque, ao perder poder aquisitivo, os consumidores passam a consumir bens mais baratos ou de menor qualidade, aumentando a procura por esses bens inferiores.
Impacto de uma Redução na Renda sobre o Mercado do Bem Inferior
Choque Negativo na Renda:
A situação descreve um choque que reduz a renda dos consumidores desse bem inferior. Como estamos lidando com um bem inferior, a redução na renda leva os consumidores a demandar mais desse bem, uma vez que não podem mais comprar bens de qualidade superior ou mais caros.
Efeito sobre a Demanda:
A redução na renda, ao aumentar a demanda por esse bem inferior, provoca um deslocamento da curva de demanda para a direita. Isso significa que, a cada nível de preço, a quantidade demandada será maior após o choque.
Novo Equilíbrio de Mercado:
Com a demanda por esse bem inferior aumentando, o mercado atinge um novo ponto de equilíbrio.
Esse novo ponto de equilíbrio ocorre onde a curva de demanda aumentada (deslocada para a direita) cruza a curva de oferta original.
Como resultado, tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade transacionada aumentam no mercado.

(instituto consulplan 2024) Com base em conceitos fundamentais de microeconomia, a respeito do Custo de Oportunidade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É, também, conhecido como custo econômico, por se tratar de uma oportunidade que deixa de ser utilizada.
( ) Pode ser exemplificado por meio de situações em que existe um trade-off (expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra).
( ) No mercado de trabalho, pode ser entendido como o benefício em se ter tempo livre quando a opção for se dedicar ao trabalho.
( ) Em um investimento (mercado financeiro) pode ser medido pelo valor que retornaria de outros investimentos que seria possível fazer com o mesmo montante aplicado.
A sequência está correta em: V, V, V, V.
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